INTOLERÂNCIA NO RJ LEVA UMBANDISTAS A JUSTIÇA



O presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, reuniu-se com o deputado Átila Nunes e Átila Nunes Neto no último dia 5 de agosto, no Palácio da Justiça do Rio de Janeiro. Presente o advogado José Carlos Gentil da Silva, diretor da Federação Brasileira de Umbanda.

Átila Nunes Neto fez uma longa exposição, historiando os primeiros movimentos organizados de intolerância religiosa na década de 80 no Rádio e na TV. "Nos últimos 30 anos formou-se uma geração de brasileiros nascidos e criados por famílias fiéis de seitas eletrônicas, que receberam ao longo de suas vidas, lavagens cerebrais estimulando rancor contra os espíritas, umbandistas e candomblecistas, associando-os a adoradores do demônio"

"Imaginemos crianças nascidas na década de 80, pertencentes à pais e máes fanatizados, convencidos por falsos pastores e bispos, que os seguidores dos cultos afros sáo servos do diabo. Hoje, essas crianças tornaram-se adultos de 30 anos, cegos e desvairados, que invadem e depredam terreiros no Rio de Janeiro" - destacou Átila Nunes Neto.

Para o deputado Átila Nunes, a situação beira o descontrole, já que "lidamos com fanáticos, pessoas irracionais, incapazes de diferenciarem o real do imaginado. Agem como os portadores de esquizofrenia". Já o Dr Gentil, da FBU, disse que chegam, com frequencia, reclamações de terreiros afiliados, cujos dirigentes se queixam de agressões verbais de fiéis das seitas eletrônicas que têm templos em suas vizinhanças"

O presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, reafirmou a determinação da Justiça fluminense em garantir o cumprimento da Constituição, que garante a liberdade religiosa, bem como da legislação penal que considera crime o vilipêndio à fé. "Da mesma forma como defendemos uma postura laica nas dependências do Tribunal de Justiça, náo tenho a menor dúvida de que é imperioso que a Justiça brasileira assegure o cumprimento da Constituição" - disse

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