OBSESSÃO

As "caixas altas" entre { } são comentários meus.


Como conseqüência da inferioridade moral da população do nosso planeta, são muito numerosos os espíritos inferiores que habitam o plano dos desencarnados. A ação desses espíritos capazes de influenciar os nossos pensamentos e os nossos atos constitui parte integrante das dificuldades enfrentadas pela humanidade. Um dos resultados dessa ação negativa é a obsessão, que pode ser definida como o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Em “A Gêneses”, Kardec conceitua obsessão como “(...) a ação persistente que um espírito mal exerce sobre um indivíduo”. Essa ação pode variar desde uma simples influência moral até uma perturbação completa do organismo, inclusive de ordem mental. As faculdades mediúnicas, particularmente, tornam-se bastante prejudicadas pela obsessão. Os espíritos obsessores agem, inicialmente de maneira sutil, interferindo gradativa e progressivamente na mente do espírito encarnado, podendo atingir situações extremas de completo domínio. Essa ação pode ser reconhecida, no início, como uma força psíquica interferindo nos processos mentais, uma vontade dominada por outra vontade, ou uma inquietação crescente sem motivo aparente.

Da mesma forma que as enfermidades orgânicas se instalam onde existe carência nos mecanismos de defesa, a obsessão se manifesta nas mentes cujas imperfeições morais no passado e do presente deixam marcas profundas no espírito. Alguns vícios, entretanto, devem ser alinhados entre os fatores que favorecem a obsessão, por se constituírem em dano para o corpo e para mente:

O alcoolismo, pelas conseqüências orgânicas, morais e sociais que acarreta, é veículo de obsessões cruéis, permitindo alcoólatras desencarnados, o vampirismo, com sérias lesões na organização fisio-psíquica.

As drogas, atuando no sistema nervoso, permitem o ressurgimento de impressões do pretérito que, misturadas às frustrações do presente, desequilibram a emotividade, oferecendo vasto campo de atuação para os desencarnados em desespero emocional.

A sexualidade desequilibrada permite a sintonização de consciências desencarnadas que vivem em indescritível aflição, e que se hospedam nas mentes encarnadas, absorvendo energias vitais e gerando degradantes.

A maledicência, a gula, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza e o egoísmo são igualmente estradas de acesso para espíritos de natureza inferior que, num processo de sintonia, banqueteiam-se com as nossas imperfeições, influenciando os nossos pensamentos e as nossas ações. Essa influência, não sendo combatida ou neutralizada, torna-se cad vez mais persistente, constituindo-se em processo obsessivo.

As principais variedades de obsessões são a obsessão simples, a fascinação e a subjugação:

OBSESSÃO SIMPLES {TODOS PASSAMOS} ==> Ocorre um grau de constrangimento que se limita a perturbar a vontade, emoção e psiquismo do paciente obsedado. O espírito inferior incomoda o indivíduo, mas não domina em profundidade seu psiquismo. Alguém que tenha o sono perturbado por pesadelos, pode estar sendo vítima de uma obsessão simples. Se, no entanto, os efeitos provocados por esses sonhos ruins permanecerem por significativa parte do dia incomodando o enfermo, o caso pode ser classificado como uma subjugação de moral.

Pacientes portadores de depressões de caráter leve até mediano podem ser vítimas de obsessões simples. Porém, se a condição psicológica degenerar na predominância de maus pensamentos no trânsito mental, a situação também pode ser colocada na classe de subjugação moral.

Pequenos tiques nervosos e manias esporádicas, também podem ser classificados como obsessão simples. Caso esses cacoetes se tornem constantes, o fenômeno obsessivo poderá ser classificado como subjugação física. Em resumo, a obsessão simples é, como o próprio nome o diz, uma interferência espiritual não grave. Mas, é importante citar que algumas obsessões simples, se não forem cuidadas adequadamente, poderão se degenerar em formas mais graves, tais como a subjugação e a fascinação. Portanto, todos os casos de obsessão merecem a maior atenção por parte da equipe responsável por esta área de atuação.

FASCINAÇÃO {NUNCA SABE QUE ESTA FASCINADA, ATUA NO PONTO FRACO} ==> É um dos processos de obsessão mais grave. Nesta, existe um mecanismo de ilusão profunda, instalada na mente enferma do paciente. Ele afeta as faculdades intelectuais, distorcendo o raciocínio, a capacidade de julgamento e a razão. O espírito obsessor engana o doente explorando suas fraquezas morais, iludindo-o com falsas promessas. Um fascinado não admite que esteja obsediado. O defeito moral que provoca a fascinação é o orgulho. Infelizmente todos nós seres humanos ainda temos essa erva daninha na intimidade da alma. Bons valores mediúnicos já se perderam por causa da supervalorização que algumas pessoas deram ao seu amor próprio.

Os espíritos fascinadores são hipócritas. Não possuem qualquer receio de se enfeitar com nomes honrados e, mesmo assim, levarem suas vítimas a tomarem atitudes ridículas perante a sociedade. A fascinação é mais comum do que se pensa. Atualmente, atinge o Movimento Espiritualista como uma doença muito séria.

SUBJUGAÇÃO ==> É um tipo de obsessão que apresenta elevado grau de domínio do aspecto corporal e às vezes moral do paciente. Quanto à subjugação é moral, diferencia-se da fascinação, porque o paciente sabe que está obsedado. Na fascinação ele nega que o esteja.

Na subjugação ocorre um intenso domínio do espírito obsessor no plano fluídico. Em alguns momentos, o obsessor chega a se imantar ao corpo espiritual do doente, provocando-lhe crises de movimentação muscular involuntária.

As crises provocadas por esta categoria de obsessão são conhecidas na linguagem popular como “possessão”. Esse termo é inadequado, pois não ocorre a posse do corpo físico pelo espírito desencarnado. O correto é afirmar que alguém está subjugado por um espírito, isto é, sob seu domínio, seu julgo.

O desenvolvimento dos processos de subjugação se inicia primeiro no plano moral. Depois de encontrada a sintonia adequada evolui para homogeneização fluídica, que mais tarde levará ao domínio do espírito doente. A seguir começam a aparecer crises que afetam o corpo físico, com tiques nervosos constantes trejeitos, agressões e quedas semelhantes a convulsões.

O TRATAMENTO

A obsessão, como todas as enfermidades, pode ser curada através de tratamentos especializados. Para se tratar essas enfermidade espiritual, são necessários alguns procedimentos terapêuticos:

Conscientização ==. Deve-se conscientizar o paciente da situação de enfermo em que se encontra, para que, com sua força de vontade, possa ajudar-se na cura. Nenhum tratamento surtirá efeito se não contar com a vontade de quem precisa dele.

Reeducação ==> É preciso orientar o assistido sobre a necessidade de melhoria de sua conduta na vida diária. Que se esforce para evitar os vícios mais grosseiros e que procure controlar suas más tendências. Sem essa mudança de postura e de visão, dificilmente ficará livre das más influências, que predispõem aos processos obsessivos. Importante lembrar que os bons exemplos vindos de quem ministram a instrução é uma das grandes armas na luta a obsessão.

Intercâmbio Espiritual ==> Orientar moralmente o espírito obsessor nas reuniões mediúnicas, evocando-o em médiuns preparados para esta tarefa, aconselhando-o a seguir outro caminho que não o da vingança, da mentira ou dos prazeres inferiores. Este trabalho de esclarecimento normalmente quem faz nos Centros de Umbanda são os Guias Espirituais, que através da “passagem”, traz o espírito que está obsediando a pessoa, fazendo um trabalho de conscientização e até de afastamento da pessoa que está sendo obsediada.

Fluidoterapia ==> Submeter o paciente portador da obsessão a um tratamento fluídico-energético, através do passe espírita com os Guias Espirituais, que saberão repor as energias necessárias. São momentos em que as energias perdidas pela ação da enfermidade espiritual poderão ser repostas e o obsediado, ficando livre dos fluidos pesados de que impregnado, poderá pensar e tomar decisões com maior liberdade. A água fluidificada é também um poderoso recurso no tratamento das obsessões.

Reequilíbrio Familiar ==> Sempre que possível, a pessoa deverá melhorar sua conduta familiar, que em muitos casos está envolvida direta ou indiretamente na problemática obsessiva. Além disso, o apoio e a compreensão dos familiares no processo de cura desta grave enfermidade espiritual são fundamentais.

Tratamento Médico ==> Nos caso em que o processo obsessivo apresentar-se com grave comprometimento psíquico, o paciente deverá receber assistência de um profissional habilitado, que lhe despenderá os cuidados necessários. É importante enfatizar que não podemos interferir nas prescrições médicas, tampouco suspender medicamentos por conta própria.

Ascendência Moral ==> Para se conseguir bons resultados nas tarefas de desobsessão, é preciso que a equipe de atendimento tenha ascendência moral sobre o espírito obsessor e isso só é possível cultivando uma vida moral sadia. O falar sem exemplificação transforma-se em letra morta. Jesus expulsava os maus espíritos apenas com o uso de sua autoridade moral. Disse que poderíamos fazer o mesmo.

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações” – (Allan Kardec – Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4).

Nos casos citados acima, além de ser tratamento nos caso obsessivo, também será de caráter profilático, ou seja, a pessoa que pratica a caridade, é bondosa, é elevada moralmente, tenta se melhorar vai ao Centro Espiritualista para tomar passes, estará sempre acompanhada de espíritos bons, que a protegerá da ação desses espíritos que se comprazem no mal.

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