A constante proteção divina
WALDENIR APARECIDO CUIN
“Nunca te deixarei, nem te desampararei.” (Paulo, Hebreus 13:5)
Vivemos
num mundo de expiações e provas, onde o mal ainda é maior que o bem, e
isso, obviamente, não é novidade para ninguém, no entanto, não podemos
esquecer que cada criatura está no estágio evolutivo que construiu,
contando sempre com a constante proteção divina.
Quando
Paulo de Tarso sentenciou: “Nunca te deixarei, nem te desampararei”,
estava informando que os recursos e mecanismos necessários para a nossa
prosperidade espiritual sempre estiveram e estão à nossa inteira
disposição. Utilizá-los com mais ou menos intensidade sempre foi uma
deliberação exclusivamente nossa, dentro do livre-arbítrio de cada um.
Sendo
criados por Deus, na simplicidade e na ignorância, mas com destino à
perfeição, sempre tivemos a estrada aberta à nossa frente esperando por
nossa vontade e esforço em trilhá-la na direção da felicidade, que nos
aguarda mais adiante.
Somos
hoje o que fizemos de nós ao longo do tempo, mas temos plenas condições
de ser melhores se desejarmos, então, por certo, dentro da lógica
divina, cada um receberá de acordo com as suas obras, no contexto fiel
da lei do mérito.
O
teor dos sábios e oportunos ensinamentos evangélicos nos aponta para
uma vida atrelada aos preceitos morais, onde todas as metas e propostas
humanas devam se dirigir para a edificação do bem-estar dos homens, pois
Jesus Cristo, o modelo e guia da humanidade, ensinou que devemos “Amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. (Marcos
12:33). Qualquer outra direção que deliberarmos seguir será, sem dúvida,
a contramão do bom senso.
E,
diante do quadro aflitivo e desolador em que está mergulhada a
humanidade, não é difícil compreender que ainda não entendemos a
verdadeira mensagem cristã, mesmo estando ela clara e evidente diante
dos nossos olhos e raciocínios.
O
egoísmo e o orgulho continuam sendo nossos companheiros no quotidiano,
quando nos achamos no direito de ter mais que os outros e que somos
melhores do que aqueles que caminham conosco. Essas terríveis e nefastas
chagas que enraizaram nos corações humanos têm impedido que vejamos no
próximo um irmão de jornada, que também tem sonhos e aspira pela paz.
E
não conseguindo ainda ou não querendo plantar a alegria e a felicidade
nos corações alheios, pela lei de causa e efeito, também não temos tais
benesses em nossos corações, daí, portanto, decorrer o nosso sofrimento e
as nossas decepções.
“Ama
o seu próximo como a si mesmo” – por que não amamos? “Faça ao seu irmão
o que deseja para você mesmo” – por que, então, não fazemos? “Perdoe
não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes” – por que não perdoamos?
“Se baterem de um lado da sua face, oferece também a outra” – por que
não oferecemos? “Se pedirem sua capa, dê também sua túnica” – por que
não damos? “Se alguém te pedir que caminhes mil passos com ele, caminha
dois mil” – por que não caminhamos? “Se alguém quer ser o primeiro, seja
o último de todos e o servidor de todos” – por que não somos?
A
chave que tem plenas condições de abrir a porta para que encontremos o
equilíbrio, serenidade e estabilidade moral está nas mãos de Jesus.
Procurá-la em outras direções será retardar o nosso progresso espiritual
e adiar o momento do nosso triunfo sobre a inferioridade que ainda nos
domina.
Não
existem culpados pelo que ainda somos. Ninguém tem o poder de impedir a
nossa ascensão espiritual. Tudo depende exclusivamente da nossa
perseverança e determinação em superar obstáculos e barreiras para
seguir em busca dos nossos ideais de progresso e prosperidade.
A
providência divina está à nossa inteira disposição, com todo o seu
cabedal de dispositivos. Usá-la com mais ou menos proveito é atribuição
própria de cada um.
Reflitamos...
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