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O BEM QUE SE FAZ COM OS ORIXÁS

O bem que se faz com os Orixás
Quando a ingratidão te bater à porta, não digas: nunca mais ajudarei a ninguém! Quando a impiedade daqueles a quem beneficiaste chegar ao teu lar, não exclames: para mim, chega!
Não sofras e nem te arrependas de ter ajudado.
Nem reclames: e eu que lhes dei tudo!
Não retribuas mal por mal, pois que assim, vitalizarás o próprio mal.
O bem que se faz a alguém é sempre luz que se acende na intimidade.
Naturalmente, gostarias de receber gratidão, amizade, compreensão. Todos apreciamos experimentar os frutos da gratidão.
Pensa que a árvore jamais pergunta a quem lhe colhe os frutos para onde os carregará ou o que pretende fazer deles.
Ela se felicita por poder dar. Por se multiplicar através da semente que, atirada ao solo, o abençoa com novas dádivas de alegria.

OKÊ OXOCE*
Segue-lhe o exemplo.
Teus frutos bons, que produzam bons frutos além...
Tuas nobres tarefas, que se desdobrem em tarefas superiores mais tarde.
Fica com a alegria de fazer, de doar. Nunca com a idéia de colher reconhecimento ou gratidão.
Porque esperar gratidão pode ser também uma espécie de pagamento.
Sê tu sempre grato, mas não esperes pelo reconhecimento de ninguém.
O bem que faças, viajando sem parar em muitos corações, espalhará luz no longo curso da tua vida.
Amanhã ou depois, nos caminhos sem fim do futuro, mesmo que não o saibas ou que o tenhas esquecido, esse bem te alcançará, mais formoso, mais fecundo.

OGUM IÊ* Assim, prossegue ajudando sempre.
Observa como age a natureza:
O rio não cogita de examinar as bênçãos que conduz em suas águas, nem interpela o solo por onde segue.

AIEIEU OXUM!* Deixa-se jorrar, beneficiando a terra, a agricultura, as gentes.

ATOTÔ OMULU!*OKÊ BAMBA!* O perfume, bailando no ar, nada pede para se espalhar até onde possa.

EPARREI IANSÃ!* O grão não espera nada, além de ser triturado, para se converter em alimento.
A chuva não tem preferência por onde espalhar vitalidade.

ODOIÁ IEMANJÁ!* O sol não escolhe lugar para visitar com luz, calor e vida.

SALUBA NANÃ*
Todos cooperam em nome da divindade, sem exigências e sem reclamações.

KAÔ CABECILE XANGÔ!* São úteis e passam. Nada esperam, nada impõem.
Age desta forma, tu também, e transforma-te num cálice de bênçãos, servindo sempre.
Se a tristeza te visitar a alma, ante a ingratidão de tantos a quem doaste o que possuías de melhor, recorda o mestre de todos nós.

SARAVÁ OXALÁ!* Ele disse que estava no meio de nós, como aquele que serve.
E, tendo derramado o seu amor, plenificando de vida a todos os que dele se aproximaram, recebeu na hora extrema a ingratidão do abandono.
Mesmo assim, até hoje ele prossegue, convidando: vinde a mim.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao pai senão por mim.
Adaptado do livro Dimensões da verdade,
do Espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal

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