O QUE É HIERARQUIA DE UMBANDA?

De: UMBANDA EAD (https://umbandaead.blog.br/2017/10/24/grau-linha-de-trabalho-e-falange-o-que-sao-dentro-da-umbanda/)
Ouvimos muito falar sobre Hierarquia de Umbanda, mas leitores, vocês sabem dizer o que elas representam de fato? ou sobre quem e o que dizem? De início já destacamos que o texto de hoje visa ampliar a compreensão sobre esse termo e como ele se configura no ritual de Umbanda, porém, como destaca Pai Rodrigo Queiroz no estudo Entidades de Umbanda “é preciso entender que a hierarquia da linha, não é tão importante […] não quer dizer que não exista essa informação, mas é um pedido do astral para que não se dê tanto enfoque nisso [..] nós sabemos que não são todos iguais e que também, não estão no mesmo nível hierárquico, mas que níveis estão eles?”
Hoje então, o Blog Umbanda EAD se propôs a tratar desses níveis, graus, linhas de trabalho e falanges (que também são o tema do novo estudo Nomes das Entidades disponível para assinantes Umbanda EAD) tentando trazer o entendimento dessa organização hierárquica segundo o estudo da Umbanda Sagrada. Pai Rodrigo continua sua explicação dizendo que o umbandista se relaciona e deve se relacionar sempre, desde Caboclo até Exu, com o mesmo respeito, reverência e devoção de um à outro.

Níveis e Grau
Quando ouvimos falar que, uma Linha de Trabalho não está no mesmo nível hierárquico que a outra, estamos percebendo a existência dos 7 Níveis de Evolução que formam e caracterizam os graus evolutivos: caboclos, pretos velhos, baianos, exus e etc. Sendo assim, em relação ao nosso plano físico, que é considerado o marco zero dessa escala, existem 7 níveis de evolução em ascenção e 7 níveis em queda.
Esse plano é considerado o zero, pois aqui, seres de diversos níveis (evolução) e natureza (espécies), se encontram e vivem em uma única realidade, que funciona como uma “escola reencarcionista” e o que não vai acontecer nos outros. Um espírito que atingiu o nível 1 positivo (ascenção) na escala evolutiva citada, já não tem mais a necessidade de reencarnar, mas caso isso aconteça, o motivo não será mais a busca por sua ascensão partindo deste ponto, mas sim por alguma outra razão como uma missão, por exemplo. Entretanto, tudo o que ocorrer em sua encarnação impactará diretamente em seu processo evolutivo, positivamente e negativamente, mas isso é só um adendo ao texto. Falaremos sobre ascensão, queda e redenção oportunamente em outro artigo.
Nós ainda estamos buscando lapidar a nossa alma, ampliar a nossa consciência, ter controle e entendimento sobre as nossas emoções e se harmonizar com o universo, com a criação.. Isso leva milênios, são muitas vidas para acontecer e estamos aprendendo.
Pai Rodrigo Queiroz, em Entidades de Umbanda
Podemos entender que:
A Hierarquia de Umbanda se configura por meio dos seus níveis hierárquicos, que são os níveis vibratórios onde determinado espírito se encontra, numa escala que vai de 0 à 7 no positivo e de 0 à -7 no negativo. Em cada um desses níveis estão assentados determinados graus, por exemplo, no nível 4 acredita-se que estejam o grau caboclo e preto velho. Mas afirmando isso, estamos instaurando a dúvida: o que define em qual nível cada espírito estará?
Bom, na escala positiva estarão os espíritos que atingiram cem por cento de sua capacidade de expansão emocional, mental e consciencial dentro dos 7 sentidos da vida preenchendo todos os “requisitos” que este nível propõe, sendo assim, evoluíram e foram “passando de fase” até chegar ao nível em que estão. Claro que isso não é tão simples assim, mas para que consigamos concretizar uma imagem sobre isso, colocaremos assim.
Em cada uma dessas fases, leia-se níveis, milhares de espíritos são direcionados e atraídos por diversas razões, (que também podem ser estudadas mais afinco e que geralmente relacionam-se com os campos de atuação e foco do desenvolvimento do trabalho) para um grau que o acolherá e possibilitará sua manifestação e comunicação com este plano.
Já na escala negativa temos os níveis de queda, que ao contrário da escala positiva quanto mais o ser emerge nesses níveis mais ele se distancia da evolução. No primeiro nível dessa escala (-1) encontramos o grau Exu, que é o estágio onde se realocam os espíritos que já passaram por quedas mais densas adentrando-se nos níveis negativos, mas se conscientizaram e atualmente estão próximos a passar para o primeiro grau (positivo) na evolução, mas para esse assunto também temos outros caminhos para por em questão, mas de maneira geral é isso que acontece.

Falanges
Bom, dentro desses graus entendemos as Linhas de Trabalho de Umbanda, e como dito, inserida nelas há milhares de espíritos que estão nesse nível e se afinizam pelo grau. Mas para organizar todo mundo dentro de seus respectivos graus, existem ainda as subdivisões, mais conhecidas como: falanges. É nas falanges que vamos encontrar os (afamados) nomes dos guias, como: Caboclo Tupi, Cabocla Jandira, Pai João de Angola e etc – cada um deles responde a uma falange.
São também milhares de espíritos que se identificam com cada um desses nomes, ou seja, não existe apenas um Caboclo Tupinambá, mas sim espíritos que usam do simbolismo que o termo os confere, seja para manifestar sua regência ou outros aspectos e que também podemos compreender com um estudo mais aprofundado sobre a interpretação de cada um desses nomes. Dito isso e de uma maneira geral consideramos que as falanges são os agrupamentos espirituaisque se dividem em campos específicos de atuação de espíritos de determinado grau.
Sendo assim encontraremos por exemplo, vários Caboclos Tupinambás, pois esses são espíritos sustentados pelo Senhor Tupinambá que por sua vez é o criador desta falange, e também um ser ascencionado já em uma escala evolutiva (grau) bem maior do que a dos espíritos que se unem em seu agrupamento. Todos os graus, linhas e falanges vão ser regidos por determinados Orixás, a explicação desta relação é o tema abordado no estudo Nomes das Entidades.

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